Muito se discute sobre a liderança que é eficaz. Palestras com Consultores Empresariais são ministradas no mundo inteiro, buscando melhores resultados para as empresas tanto seculares, quanto para as instituições religiosas que tem crescido de forma assustadora.
Os tempos são novos, exigindo assim uma maior investigação
comportamental focando obter resultados mais abrangentes e eficazes.
Questionamos e somos questionados com muita frequência sobre
questões básicas do tipo: O que faz com que uma liderança seja considerada
eficaz? Será aquela que produzirá resultados positivos e surpreendentes não
importando os métodos utilizados?
A linha de pensamento que nos trazem estas interrogações,
são as mesmas que produzem muitas angústias no líder comprovadamente
competente,mas que como qualquer pessoa, está sujeito a cometer falhas no
exercício da liderança que lhe foi atribuída.
Como vemos aqueles que nos lideram e que nos direcionam?
Qual é o nosso olhar para aqueles que pautam e sinalizam para nós as diretrizes
a seguir no nosso chamado ou ministério? Como os enxergamos, líderes ou super
heróis?
As expectativas que criamos em torno desses líderes permitem
que eles sejam "seres humanos" ou
fazemos deles "super heróis" impostos?
Raramente debatemos sobre, quando o profissionalismo
desrespeita o limite do ser humano que é chamado a liderar.
O Consultor Empresarial José C. Campos, inspirado por Deus
disse que os Líderes são combatentes que estão constantemente expostos tanto a
acertos quanto aos erros.
Estas suas palavras nos alicerçam à combater as mentiras das
tradições, que recorrentemente querem nos convencer de que os líderes são
homens e mulheres infalíveis. Reforçando a ideia de que eles nunca poderão
cometer deslizes ministeriais, caso contrário estarão fadados à morte.
Mas como bem colocado por um líder mundialmente conhecido em
seu livro O Rosto Brilhante:
“Há esperança para a árvore, pois, mesmo cortada, ainda se
renovará, e não cessarão os seus rebentos”.
“Se envelhecer na terra a sua raiz, e no chão morrer o seu
tronco,
“Ao cheiro das águas brotará e dará ramos como a planta
nova.” (Jó 14:7-9).
O Pr. Jorge Linhares cita os versículos acima em seu livro e
nos fala com muita autoridade das promessas do Senhor para aquele que se sente
caído ou derrotado dizendo que para Deus ninguém foi tão fundo que a sua graça
e misericórdia não possam alcançar. O Senhor está pronto para nos renovar, para
fazer renascer em nós a sua glória.
Não temos que temer os prováveis erros, mas estarmos prontos
para contemplarmos Deus nas suas gloriosas manifestações, ainda que para nos
ensinar um recomeço.
Por outro lado, as palavras do escritor José Campos também
nos alerta para a necessidade de buscarmos de Deus a sabedoria e a capacitação
que vem do alto, para cumprirmos os propósitos d’Ele para o nosso chamado.
É evidente que a liderança eclesiástica existe para que haja
um ponto de partida, para se alcançar de maneira ordenada os projetos do
Senhor.
Ter poder é conquistar posição de autoridade, para tomar
decisões e responder por elas. Mas este poder não irá influenciar ninguém em
nada, se não for exercido ou praticado de maneira equilibrada e harmoniosa.
Faz-se necessário que este poder seja exercido com
fidelidade aos propósitos de Deus, e não aos nossos propósitos pessoais e
egoístas. É para ser exercido segundo o padrão preestabelecido por Deus e com
humildade. Exercido com princípios e valores divinos.
Ter e exercer o poder não nos dá o direito de sufocar, fazer
adoecer, e até mesmo matar os nossos liderados.
Na verdade o que temos é o privilégio de ser contados entre
os ousados. Ousadia esta que também não vem de nós. Não é nosso mérito. Aquele
que nos chama também nos capacita. Com certeza Ele não nos chamou para fazer
qualquer coisa, mas para através d'Ele e por meio d'Ele, sinalizar e caminhar
junto com aqueles a quem Ele chama de “menina de seus olhos”.
Além de estarmos provocando a ira do Verdadeiro Líder - O
Senhor, que está acima de todo e qualquer líder - quando usamos deste “poder”
abusivamente para conquistas pessoais, e não importa em qual área, em benefício
próprio, estamos deixando uma grande lacuna no que tange a responsabilidade que
este ministério traz já inserido em si.
Jesus deve ser, independente das circunstâncias, nosso
padrão de liderança. Ele foi servo, sem contudo deixar de influenciar o mundo.
O seu servir não anulou a sua liderança.
Não podemos nos esquecer: Não somos líderes porque somos
perfeitos, mas porque somos chamados a exercer a responsabilidade e o
privilégio de liderar.
“Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci: e, antes
que saísse da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta” (Jr 1:5).
Assim diz o Senhor!
Descansar em Deus e permanecer totalmente na sua dependência
é indícios da plena confiança depositada naqu'Ele que é Senhor de tudo e de
todos.
Portanto, como soldados estaremos sempre expostos a acertos
e erros.
Como líderes podemos como o “líder Davi” reconhecer o erro e
buscar perdão:
“Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade;
apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias”. Sl
51:1
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um
espírito reto”. Sl 51:10
“Abençoa a Sião, segundo a tua boa vontade; edifica os muros
de Jerusalém”. Sl 51:18
Quebremos paradigmas e retomemos a liderança com novos
conceitos e valores inspirados por aquele que nos arregimentou – Jesus Cristo.