domingo, 17 de novembro de 2013


MULHERES, COLUNAS DE SUSTENTAÇÃO

Todos nós ansiamos por uma família que seja citada como modelo e referência. Essa tarefa é árdua e nem sempre com finais esperados. Alguns desses resultados são até frustrantes. Mas a bíblia nos estimula a continuar esta busca, quando nos traz a história de um casal que não formou uma família perfeita, porém foi considerado irrepreensível por Deus. Trata-se de Isabel e Zacarias. Está escrito que ambos eram justos diante de Deus, vivendo irrepreensivelmente em todos os preceitos e mandamentos. Deus aprovou este casal e a forma que conduziam suas vidas.
Seus vizinhos e familiares se alegravam com o que os alegrava, o que nos faz refletir sobre o testemunho de vida deles. Sabemos que foi o filho desse casal que foi escolhido para preparar o caminho do nosso Redentor. Exemplo de vida digna é o que não nos falta, e também um desafio para seguirmos seus passos.
No antigo testamento vimos o rei Davi clamando a Deus pelos filhos, para que sejam como plantas, bem desenvolvidos na sua mocidade; e para que as filhas sejam como pedras de esquina lavradas, como colunas de um palácio. Portanto o nosso anseio é natural e até plausível. 
Quando deparamos com mulheres solitárias nas suas lutas familiares, sem contar com o apoio dos filhos ou marido no que tange a vida espiritual, tendemos a incentivá-las e estimulá-las a lutarem e não desistirem.
Embasados na Palavra de Deus, desafiamos aquelas que encontramos desalentadas e dispostas a abrir mão dos seus filhos, ou mesmo do casamento, a permanecer e perseverar, porque não queremos ver seus lares destruídos. 
Respaldados pela Bíblia, reafirmamos como o próprio Deus as vê, declarando as promessas Dele sobre elas. Insistentemente salientamos a força que possuem em Cristo Jesus.  
Mas precisamos estar cientes de que, a mulher dos nossos tempos está sendo monitorada em todo tempo. Experimentando uma grande gama de novidades sociais e comportamentais, ela reage de forma a expressar seus valores agregados. Vivendo como rato de laboratório, ela se sujeita a tudo, conforme os interesses dos pesquisadores.
Para não decepcionar a sociedade, ela prontamente tem respondido com um “sim” a maioria dos desafios que lhe são propostos. Recebe o selo de aprovada em alguns, e de desaprovada em outros, e assim, vai rompendo sem se observar, e sem notar a sua própria existência.
Na expectativa de ser aprovada, ela nem se dá conta de que nem se conhece mais. É perigoso essa mulher nem mesmo saber preencher um questionário sobre si mesma, onde as perguntas básicas são: Cor de pele, de olhos e de cabelo? Pele seca ou oleosa? Olhos arredondados ou puxados? Porque já há muito, que vive segundo exigem dela, num padrão desproporcional ao seu original, perdendo assim a sua identidade inicial. Acorda no piloto automático e passa o restante do dia da mesma forma, num esforço contínuo de atender a todas as necessidades da família e da sociedade. Seu “Bom dia”, dá aos que com ela convive a impressão de atenção e cuidado, mas, o que muitos não sabem que foi no automatismo.
Ela opta por nutrir a confiança que depositaram nela, se negando muitas vezes o direito de pedir socorro, para que não percebam suas fragilidades e limitações.
Mas, o momento é de ousar e sair deste lugar de desconforto, imposto por uma sociedade que desconhece os valores de um governo nobre e sublime – o governo Daquele que a teceu no ventre de sua mãe, e que 
a chama de “noiva minha... amada minha”. É momento de essa mulher dar passos rumo à liberdade. Se libertar desta prisão de codinome “atualidade” e se direcionar ao lugar para o qual foi projetada e lavrada – lugar de honra – pedra de esquina.
Davi no salmo 144, no verso 12 se expõe diante de Deus, o adora e declara como O vê. Declara a sua confiança e também a sua segurança no Senhor que tudo pode. Logo em seguida ele reconhece a sua pequenez e desfecha uma lista de necessidades diante de Deus. Entre outras petições, ele clama para que os povos tivessem filhos como plantas, bem desenvolvidos na sua mocidade; porém as filhas que fossem como “pedras de esquina” lavradas, como colunas de um palácio. Mas até onde temos a consciência do que é ser “coluna” de um palácio?
Ser “coluna, é ser pedra de esquina, que segundo o dicionário,” é ser pedra angular. Ou seja, é ser a pedra central cujo formato se encaixa para firmar um arco, travando as partes. Outra definição traz que a pedra de esquina é o elemento central de sustentação de um todo”. E ainda que “é o alicerce; é o que sustenta, e também é a pedra fundamental de um edifício”.
Para os homens foi pedido um bom desenvolvimento, mas para nós mulheres, que fôssemos como pedras de esquina lavradas. Não simplesmente pedras, mas lavradas, como colunas de palácio. Creio que o salmista observando aquelas grandes e fortes construções da época conseguia ver nas mulheres estas características. Ele dava esta importância para elas, e as valorizava de tal modo, que desejou como primordial que todas fossem assim – as principais pedras do palácio.
Assim como Davi, o desejo de Deus é que sejamos como “pedras angulares”, ou seja, sustentáculos morais e espirituais no seu palácio.
Pedras maciças, satisfeitas no Espírito de Deus. Postas junto e entre os membros de uma mesma estrutura familiar, para uni-los de forma mais firme. Colocada para fortalecer as bases a fim de melhor ligá-las.
E sabe o que é lindo, que antes de Salomão a maioria destas pedras era grandes, toscas e mal formadas, mas sob o desejo dele, essas pedras passaram a ser modeladas. Quando o rei assume o governo, as realidades mudam. Assim também, a nossa história é transformada quando o Rei dos reis assume o nosso governo. Fomos encontradas nos sentindo grandes, porém toscas e mal formadas, mas O Senhor nos modela cuidadosamente para nos usar com excelência.
A mulher que entende que o seu mérito está no seu caráter e também nos valores intrínsecos em si mesma, e que se posiciona diante de Deus e dos homens, irá desenvolver bem o seu papel. Ela é capaz de compreender a sua função e põe em Deus os fundamentos da sua existência.
O autor T.D.Jakes no seu livro intitulado “A Dama, Seu Amado e Seu Senhor” diz, que a mulher que sabe quem ela é no Senhor, se levanta do altar do louvor e anda pelas ruas da vida com uma confiança e um conhecimento íntimos que a faz exibir um sorriso pelo qual homem algum é responsável.
Ela sabe que não precisará exercer força física, e nem mesmo ser grande aos olhos de quem a vê. Esta mulher não teme perder o seu lugar, porque o seu posicionamento é que lhe faz extraordinária.   
É a profundidade da sua intimidade com Deus que forma a sua fundação e lhe dá firmeza, e não a sua beleza exterior. Andando em segurança, ela também oferece segurança aos que ama e quer bem.
É mister que a mulher ande firmada na verdade, de que a base de uma construção forte está sob o solo e não sobre ele. Não é o que os outros veem nela que mantem a sua família estruturada. Muitas vezes aquilo que ninguém enxerga é o sustentáculo da sua família.
Diz o texto de I Reis 5:17, que Salomão mandou que trouxessem pedras grandes, e pedras preciosas, e pedras lavradas, para fundarem a casa. Ele escolheu pedras exclusivas para construir o palácio. Da mesma forma, Deus escolhe as suas pedras especiais para construir um palácio para si. Somos chamadas e desejadas como pedras de esquina lavradas.
Pedra lavrada é pedra trabalhada pelo construtor para cumprir com excelência o seu papel. Quem lavra é Deus, por isso não precisamos ansiosas buscar na nossa força nos autoflagelar na tentativa de fazermos o que é perfeito. Nosso cuidado deve ser em valorizar o que Deus valoriza e desprezar o que Ele despreza.  Somos escolhidas para edificar o projeto Dele, que é a família. Famílias estruturadas formam sociedades bem estabelecidas e fortalecidas, que redundam em glória ao nome de Jesus.
Como mulheres temos que nos dispor a sermos lavradas e usadas no palácio, onde o nome do Senhor será exaltado. Este palácio é a nossa casa. A essência da nossa família precisa trazer a marca moral e espiritual de Deus como colunas de sustentação.
Deus conta com aquelas que estão dispostas a serem removidas dos lugares para onde foram levadas pela sua própria força e sabedoria. Ele espera que conquistemos nossas vitórias através do seu poder que opera em nós.
Ele quer ser entronizado onde nós nos mostramos como de fato somos. Sem hipocrisia, sem maquiagem, e nos renunciando ao salto que aumenta a nossa estatura. Vale lembrar que nem sempre a pedra angular será grande, mas ela sempre será essencial. O que precisamos refletir e externar é a santidade de Deus através do nosso testemunho familiar.  Sejamos em tudo referência da presença de Deus, pois somos pedras vivas e fundamentais nos seus sonhos e projetos.

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