sexta-feira, 18 de abril de 2014

Quando a Multidão Ouve


Quando a Multidão Ouve


“Quando a multidão ouviu isso, ficou admirada com o ensinamento dEle”. Mt 22:33


“Admiro as pessoas vaidosas, mas simples de coração. Fortes, mas não arrogantes. Sinceras, mas não ofensivas. Corajosas, mas não inconsequentes. Que consiga cativar uma pessoa de forma simples e pura. Que consiga enxergar com clareza, e opinar com sensatez. Que sorri com o coração e que te olha com carinho”.

Lindas estas palavras que não são minhas, mas que escolhi para iniciar este artigo.
Palavras que me atraíram, e apesar de não exercer influência sobre mim, reforçam os valores com os quais coaduno desde a minha mocidade. Temos aqui alguém, através de uma rede social, expressando os seus sentimentos e valores. É obvio que estas palavras alcançarão milhares de pessoas e exercerão transformações sobre algumas delas, enquanto outras... nem se deixarão tocar.
A verdade é que influenciamos as pessoas com as quais nos relacionamos. E isto nos alerta para a responsabilidade dos nossos atos e principalmente das nossas palavras.
Saint Exupéry, autor do livro “O Pequeno Príncipe”, foi responsável por um valor que guardo para sempre comigo.
Desde os 15 anos de idade quando li o citado livro, suas palavras passaram a nortear os meus atos através de sua frase que diz: “Tu te tornas ternamente responsável por aquilo que cativas”.
Glorifico a Deus, porque apesar de não ser um escritor cristão, fui direcionada por ele para assumir as responsabilidades pelos meus atos.
No versículo bíblico referido na abertura deste texto, percebemos uma grande multidão expressando admiração por Jesus, após Ele discorrer sobre a questão da ressurreição.
É evidente que os escritores acima mencionados já influenciaram muitas pessoas, mas, ninguém no mundo já influenciou, e ainda continuará influenciando, tanto quanto Jesus.
Portanto, por mais que outras pessoas influenciem os nossos comportamentos com as suas ideias geniais, ainda assim, a nossa bússola direcionadora ainda deverá ser as palavras de Jesus.
Nossa referência, acima de qualquer consideração, deverá ser a Bíblia. Ela é a nossa regra de fé e prática.
Ao esclarecer as dúvidas sobre as aparentes verdades citadas pelos saduceus no livro de Mateus, capítulo 22, Jesus atraiu para si uma multidão de admiradores.
Este verdade deve nos animar a ouvir, praticarmos e vivermos segundo a Palavra de Deus.
Ao nos expormos às escrituras nos tornamos mais perfeito e mais capacitados como indivíduos, para servirmos no reino.
Influenciadas pelo autor da verdade, nossos discursos e atitudes ecoarão credibilidade e autoridade.
Necessitamos nos conscientizar que o que tem saído de dentro de nós e que externamos através das palavras ou atos, está produzindo alguma mudança nas pessoas. Se boa ou má, só saberemos quando os frutos começarem a amadurecer.
O apóstolo João ao narrar a morte de Cristo nos desperta para o fato de que, Jesus teve o seu corpo furado pelo soldado, quando ainda estava na cruz, e dele jorrou água e sangue.
De dentro do salvador foi derramado o sangue remidor sobre a terra, para nos purificar e resgatar. Naquele instante Ele nos transmitiu a sua própria vida.
É confortável saber, que apesar de não merecermos, Jesus se ofereceu por nós. Ele desconsiderou o nosso comportamento alheio e desinteressado pela verdade, desconsiderou também os nossos pecados e desprezo a pessoa dEle, e nos amou!
Ao evidenciarmos sua vida e ensinos, estamos declarando, que apesar de tantos modelos de líderes políticos e religiosos mencionados na história, nenhum, em nenhuma época, superou e jamais superará Aquele cuja maestria é eterna.
Se formos instruídos na Palavra, revelaremos os princípios divinos que existem para favorecer toda a concepção de Deus. Não os veremos como ditadura, pelo contrário perceberemos que o Deus que nos ama, em tudo é benevolente e nos orienta de forma a vivermos como bem aventurados.
Conhecedores da Bíblia, não nos impressionaremos com os sinais produzidos pelos que andam descompromissados com a verdade de Jesus, e nem seguiremos a todo tipo de doutrina de demônios.
Ao buscarmos as verdades declaradas na Bíblia, não só conheceremos a Deus e os seus mandamentos, mas veremos que a sua proposta para nós é de bênçãos, e não de maldições.
O Pr. Jorge Linhares é autor de um dos livros mais vendidos em todo o mundo, intitulado “Bênção e Maldição”. Este é um “best seller” que deveria ser lido por todas as pessoas, independente do seu credo religioso.
Somos advertidas por ele a termos zelo com as palavras que saem das nossas bocas.
Jesus é o precursor desta tese, e se preocupa com o fato de falarmos irresponsavelmente tudo àquilo que vem à nossa mente, principalmente quando nos sentimos traídos ou prejudicados.
Uma vez responsáveis pelas palavras que decidimos expressar, devemos também, por uma questão de sabedoria e bom senso ler... e ler... e ler, e reler... quantas vezes nos forem permitidas as escrituras, para que de uma forma responsável possamos declará-la com conhecimento e autoridade da parte de Deus, e assim manifestar a vida e não a morte através dos nossos lábios.
Jesus diz que dos nossos corações procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmia.
Aquilo que flui de dentro de nós procede do coração, sai cheio de vida ou de morte. É o calor das nossas palavras que fará subir ou declinar o nível da balança. Portanto são as nossas palavras que marcarão aqueles com quem nos envolvemos diariamente.
Não basta conhecer as leis como o jovem rico, é necessário ter o coração transformado por Jesus e ser cheio do Espírito Santo, para que os ensinos dEle sejam as nossas diretrizes de vida.
Para uma mudança pessoal Jesus nos deixa algumas dicas preciosas que precisamos guardar como bom tesouro. Importa, que não só demonstremos posturas externas politicamente corretas, mas também considerar uma verdadeira vida de amor e justiça ao próximo.
A Bíblia narrando alguns fatos ocorridos após a ressurreição de Jesus, relata que Cristo se manifesta a alguns dos seus discípulos. Aqueles homens são tomados de tanta alegria que não conseguem acreditar no que veem. E a sequência da história me chama a atenção, porque Jesus no intuito de se relacionar com eles, pede algo para comer. Os discípulos deram para Ele PARTE de um peixe assado e um FAVO de mel. Observe que o peixe não era inteiro, e o mel ainda se encontrava no favo, mas o Rei dos reis e Senhor dos senhores, aceitou o que lhe foi oferecido. E ali diante deles comeu, numa atitude de simplicidade e amor. A verdade que eu vejo revelada hoje para nós neste texto, é que Jesus quer comer daquilo que comemos. Quer viver e experimentar da nossa realidade. Ele não nos coage para darmos a Ele tudo o que temos, e nem tão pouco precisaremos modificar algo para depois lhe oferecer. Jesus quer ter comunhão conosco e nos alcançar com os seus ensinos, e para isso só precisamos dispor o que já possuímos. Tudo o que Ele espera de nós é o reconhecimento da importância da sua presença e a valorização da sua palavra que é mais doce do que o mel. Só podemos dar o que possuímos, quanto aos milagres... somente Ele poderá fazer. Todas nós podemos ter atitudes de reconhecimento ao senhorio de Cristo, oferecendo ao mundo que o desconhece, parte do alimento que Ele tem nos dado, a sua Palavra, declarando também a doçura do seu amor. Podemos e devemos contaminar as pessoas com a fé que possuímos nEle. Tudo o que Ele quer é ter comunhão conosco. Ele deseja a oportunidade de abrir o nosso entendimento para compreendermos as escrituras. É na comunhão com Cristo que temos os olhos abertos para reconhecer Deus como Deus. É também na comunhão com Jesus que o nosso entendimento é aberto. É tempo de restaurarmos os princípios de santidade e honra ao Senhor, que foram perdidos pelos anos e pela pós-modernidade. As bênçãos do Senhor virão sobre nós e certamente cessarão as mortes prematuras no meio do povo de Deus. Seremos parâmetros do juízo e da justiça de Deus. Todos entenderão através de nós, que em Deus não há mudança nem sombra de variação. Seus princípios são imutáveis.
Está escrito em João sete, capítulo trinta e oito que aquele que crê em
Jesus, como diz as escrituras, do seu interior fluirão rios de água viva. De dentro de nós precisa fluir a água viva que desce do trono de Deus. Devemos deixar marcas vivas por onde passamos. Contaminarmos os corações áridos pela dor e pela desesperança com a água que limpa e cura. Transformaremos com as nossas palavras os lugares assolados pela sequidão espiritual, em verdadeiros mananciais. Podemos encerrar com a compreensão de que, se queremos transmitir, marcas positivas, com palavras de sabedoria e com bênçãos (não maldição), precisamos estar em comunhão com o Senhor. Necessitamos cear com Ele, e, também dar daquilo que possuímos, mesmo que não pareça o suficiente. Por causa da nossa disposição, os nossos olhos serão abertos, assim como o nosso entendimento a respeito das escrituras. Então estaremos prontas para deixar fluir do nosso interior águas vivas, assim como jorrou de Jesus quando foi trespassado pela lança do soldado. Que venham as lanças, pois como seguidoras de Cristo teremos algo de precioso a derramar sobre as vidas que o Senhor colocar em nosso caminho.

Diante de tudo isto podemos declarar como o salmista “... a tua lei é o meu prazer...”.


Noiva...E Apaixonada!


ESTOU NOIVA... E APAIXONADA

E eis que, aproximando-se dele um jovem. Disse-lhe: Bom Mestre, que bem farei para conseguir a vida eterna? E Ele disse-lhe: Por que me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos. Disse-lhe ele: Quais? E Jesus disse: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho; honra teu pai e a tua mãe, e amarás o teu próximo como a ti mesmo. Disse-lhe o jovem: Tudo isso tenho guardado desde a minha mocidade; que me falta ainda? Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terá um tesouro no céu; e então vem, e segue-me.·.
Com a sua atitude de perguntar: “... que bem farei para conseguir a vida eterna?”, aquele jovem mostrou que, assim como nós, ele era bem intencionado. Ele desejou ser santo e alcançar a vida eterna.
A sequência nos mostra que, apesar de praticar todos os mandamentos, o jovem, era desprovido de segurança, se sentia vazio e não tinha certeza da sua salvação.
Jesus já conhecendo o coração dele dá a cartada final e lhe diz: ““... se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tem e dá aos pobres, e terás um tesouro no ceu. Então vem, e segue-me.
Está claro que o rapaz conhecia os mandamentos e queria a vida eterna, mas estava preso aos valores impostos e aprendidos até então.

Alguém disse: “Grandes homens não vendem seus valores. Morrem por eles”. Não sei quando isso foi tido pela primeira vez, e nem mesmo por quem, mas parece que o nosso querido moço já o tinha como verdade. Sua empolgação e seu ânimo se encerraram quando foi confrontado pela possibilidade de ter que abrir mão dos seus valores.
Precisamos colocar na balança quais são os valores que carregamos e que estão definindo os nossos rumos. Quais são os nossos apegos que nos fazem suicidas. Alguns valores, aparentemente válidos, nos levarão a morte eterna, outros, no entanto, sem nenhum aspecto que desperte interesse nas outras pessoas, nos direcionarão para a eternidade da vida.
Queridas, se temos a certeza absoluta do que queremos devemos lutar até a morte, como diz o autor da frase em epígrafe. O que não podemos de forma nenhuma é, desejarmos algo e procedermos como se não tivéssemos interesse. Nossas atitudes sempre terão um peso maior na balança do que as nossas intenções.
Minha querida mãe repetia com constância o seguinte dito popular “de bem intencionados o inferno estava cheio”. Dizia isso sempre que nós, os filhos, tentávamos nos desculpar diante dela pelos nossos descumprimentos dos combinados. Ser bem intencionado não bastava, era necessária atitude que comprovadamente demonstravam nossos anseios.
Gosto de lembrar, que quando Jesus andou por esta terra, de uma forma geral, Ele se relacionava com as pessoas falando em grego koinê. Esta era a linguagem simples e popular da época, e Ele a usou. Mesmo podendo se mostrar douto, não o fez. “Por ser justo e perfeito, suas intenções eram movidas de atitudes que nos tornarão indesculpáveis, quando estivermos diante Dele e tentarmos nos justificar com frases do tipo:” Ah Senhor, eu não entendi quando disse isso ““... “o Senhor falou com palavras eruditas...”.
O texto de Mateus de maneira clara e objetiva nos norteia para a verdade que nos prepara para sermos “a noiva preparada”. A noiva que deseja ardentemente não só conhecer e compreender o seu Noivo, mas que também está disposta a abrir mão dos valores intrínsecos em si mesma para se realizar plenamente.
Quando me casei levei junto da minha bagagem valores que me haviam sido incutidos. Pareciam preciosos, mas eram a marca do relacionamento falido dos meus pais. Com o passar do tempo, tive que considerar a possibilidade de deixá-los, ou assumir a morte do meu sonho.
A Bíblia nos garante em Isaías 25, que os pensamentos do Senhor são mais elevados do que os nossos pensamentos. Talvez por esta razão tenhamos a visão deturpada dos verdadeiros valores morais e espirituais e por isso os desprezamos. Trocamos valores permanentes por valores transitórios.
Vimos um jovem que se entristece, por não compreender que o valor da vida eterna vai além do que todas as riquezas materiais desta terra. Eu também teria perdido toda a provisão de Deus para a minha vida, se não tivesse aberto mão de valores que para mim pareciam extraordinários. Hoje, não estaríamos contemplando a graça de Deus através destas palavras, se meus valores não tivessem sido mudados.
Joel Beuter nos diz, ”as pessoas que possuem e praticam os valores e princípios de vida..., podem ser comparadas com o ouro, quando posto no fogo, é refinado, purificado e se torna ainda mais valioso, oferecendo um brilho ainda mais encantador aos seus observadores.” Que precioso quando entendemos essas sábias palavras. Ainda mais precioso se confiássemos em Deus e deixássemos que Ele decidisse pelas nossas escolhas.
Partindo da premissa de que os pensamentos do Senhor são mais nobres, mais elevados e mais sublimes, com certeza não teríamos tanta dificuldade em deixar os nossos valores serem refinados, e purificados pelo fogo do Espírito Santo. Desta forma, ainda aqui nesta terra, ofereceríamos um brilho mais encantador àqueles que nos observam, e ainda teríamos garantida a vida plena em Deus.
Esta foi a proposta de Jesus para aquele moço, que fez uma escolha que não pode ser considerada como sábia. E como já foi dito por alguém, não podemos negligenciar a responsabilidade que temos diante de Deus.·.
A Bíblia traz uma narrativa feita por um ex-cobrador de impostos, chamado Mateus. Está escrita uma parábola contada por Jesus, onde um rei queria celebrar as bodas de seu filho. O soberano selecionou algumas pessoas e ordenou aos seus servos que as convidassem para o tão sonhado evento.
Qual não foi a sua surpresa ao saber que além de recusarem o seu convite, também mataram os seus servos mensageiros. Diz o texto que o rei muito se irou, vingou-se daquelas pessoas, porém não desistiu do seu plano de celebrar as bodas.
Decidiu que outros servos sairiam a convidar todas as pessoas que encontrassem pelo caminho, independente se, boas ou más.
Se bondade ou maldade não seria o aferidor deles, então qual seria o critério a ser adotado para receber o convite? Se você pensou... ”estar no caminho...”, a resposta está corrrrrrrrreta!
Não conheço ninguém que esteve nesta festa, porque ela aconteceu muitos anos, antes que eu viesse a existir. Todavia, sei que lá esteve um convidado que desagradou ao rei.
Jesus disse que, aquele rei saindo para recepcionar os seus convidados, observou um homem que não estava vestido apropriadamente para a cerimônia. Indignado ele ordena que aquele indivíduo seja imobilizado e lançado nas trevas, onde haveria pranto e ranger de dentes.
Esta passagem nos desperta para algo muito sério e profundo e que não podemos desconsiderar. O rapaz em questão não era um penetra na festa, como os demais, ele havia sido convidado pelo rei. Por que então fora excluído?

Nós mulheres entendemos muito bem desta questão social. Inúmeras vezes somos convidadas para estarmos em cerimônias de casamento, e então procuramos nos preparar com antecedência. Cuidamos dos menores detalhes, não só em respeito, mas também, numa tentativa de agradar a quem nos honra com os preciosos convites.
Esmerando-nos cuidados, uma das primeiras inquietações que temos, é saber qual o traje exigido. Normalmente nos empenhamos para cumprir os trâmites, pois deduzimos que nos garantirá a aceitação naquele ambiente. Em algumas ocasiões, empreendemos esforços que se tornam verdadeiros sacrifícios. Tudo em nome da etiqueta social.

O rei que mandou o convite para as bodas de seu filho o fez com prazer. Vejo até que ele nem foi tão exigente. Somente propôs que, para celebrar era necessário estar no caminho. Entende-se que quem está no caminho, já se encontra com roupas dignas, não suntuosas, mas dignas de se estar no caminho. Por isso aquele rei se ira. Como pode alguém estar no caminho indignamente? O caminho não é o lugar de se estar de qualquer forma. Esta questão do traje é tão antiga quanto séria. E infelizmente também nos parece eterna. Nos dias de hoje, estamos vivendo a síndrome da indefinição. De uma forma generalizada, há uma dificuldade enorme para se definir o que é, e o que não é. Entre as dúvidas estão igualmente relacionadas às roupas de banho e de passeio. Hoje vemos algumas mulheres transitando com vestes totalmente impróprias nas ruas, dando-nos a impressão de que estavam na intimidade com o esposo, e de repente resolveram sair para a rua. Da forma como se encontrava entre quatro paredes, elas aparecem no meio da rua ou de um shopping. É bem verdade que este problema é mais da classe feminina.

Mas voltando ao acontecimento anterior, fato é que alguém foi encontrado vestido inadequadamente no meio de uma celebração. Imagine o desconforto e a humilhação daquele moço. É nítido que o que o desqualificou não foi o nome do seu estilista ou o tecido nobre que não foi usado. O que Jesus quis nos mostrar através desta parábola, vai muito além do que a nossa limitação de entendimento pode
alcançar. Estaria Deus preocupado com a nossa aparência exterior? Mesmo sendo verdade que a Bíblia nos dá um padrão de decência, podemos com tranquilidade afirmar que não era o caso daquele moço. O que realmente envolve este texto é uma roupagem espiritual, que nós todos devemos ter para sermos dignos de adentrar no palácio.

O Senhor tem nos chamado para a Festa do Seu Filho. Nas bodas de Jesus não entraremos de qualquer forma. O convite é para mim e para você, mas nenhuma de nós entrará no reino de qualquer forma. Não importa se estamos no caminho. O caminho é a direção, mas as vestes serão as credenciais. Seremos introduzidas na presença do Rei, se as nossas vestes forem dignas da Festa das Bodas.
Não adianta dizer estou no caminho (falo de Jesus e vou à igreja), o que contará serão as provas, ou seja, as credenciais nas vestes espirituais.
Deus não está preocupado com a nossa roupa exterior, nem mesmo com as grifes que usamos. Por mais que as distinções sociais transmitam poder entre os homens, elas somente são como os valores que aquele jovem rico prezou, mas não entendeu que um dia a traça ruiria ou ladrão roubaria.
Somos convidadas para celebramos as bodas do filho do rei, e as condições para ter acesso ao palácio são simples: Estar no caminho, aceitar o convite e se vestir adequadamente.

Jesus já enviou o convite para a noiva que celebrará as suas bodas. Uma noiva revelada em Efésios. 5:25-27 como sendo amada, santa e irrepreensível. Uma noiva pura – lavada em águas- purificada pela palavra.
No versículo 32 desde mesmo capítulo, Paulo nos garante que é grande este mistério entre Cristo e a sua noiva.
Não há dúvida de que, a noiva que Cristo vem buscar possui características específicas. O que vem encabeçando a lista de características desta noiva é a santidade. Mas ela deve estar limpa; sua veste deve ser branca e sem mácula, sem mancha. Vemos em Ef 6:14 esta noiva, que é uma guerreira, envolvida no cinturão da verdade e tendo adornada a sua cabeça com o capacete da salvação.

O salmista no salmo 45 dando conselho para a noiva usa estas palavras para exibir o valor desta noiva “Ouve, filha, e olha, inclina os teus ouvidos; esquece-te do teu povo, e da casa de teu pai. O rei está apaixonado por tua formosura; honra-o, pois ele é o teu Senhor. A filha de Tiro estará ali com presentes; os ricos do povo suplicarão o teu favor. A filha do rei está toda formosa no seu palácio; as suas vestes são entretecidas de ouro. Em vestidos bordados é levada ao rei; as virgens, suas companheiras a seguem e são trazidas à tua presença. Com alegria e regozijo são conduzidas; entram no palácio do rei.” (Sl 45:9-15). A noiva é formosa e tem um Rei apaixonado por ela. Muitas a invejarão e quererão o seu lugar, mas o coração do rei é somente para aquela, que inclinou os seus ouvidos e deixou os valores que lhe foram passados pelo seu povo e pela casa de seus pais, para trás.

Quando estamos apaixonadas, não temos dificuldade nenhuma de nos submetermos ao controle de quem amamos. Queremos fazer aliança perfeita em amor e fidelidade. O noivo não é masoquista, ele está apaixonado é pela noiva apaixonada, que compreende os seus sonhos para ela. Portanto a festa é para uma noiva que se identifica com o noivo. Só os que amam verdadeiramente se submetem ao governo de quem ama.

Foi um Deus apaixonado que disse: “Façamos o homem e nossa imagem conforme a nossa semelhança”. Ele propôs no seu coração nos dar características que nos tornam idênticas a Ele.
“Jesus é santo e justo” conforme está em Atos 3:14, portanto santidade e justiça não nos podem faltar.
De posse destes elementos, necessitamos buscar em nossos arquivos estes conteúdos primordiais, porque o Senhor nos diz que sem santidade ninguém verá a Deus.

Existem coisas que nos tornam indignas de participarmos das bodas, porque o pecado mancha as nossas vestes e nos afasta de Deus. A falta de compromisso com a sua palavra e a desvalorização da santidade, da justiça e da fidelidade também nos remete a morte eterna.
Então estamos condenados para sempre? Com certeza absoluta... NÃO! O profeta Miquéias profetizou a vinda desse rei que vai adiante de nós para nos restaurar Porque o Rei é misericordioso, Ele restaura a sua noiva.
Deus nos mostra que Ele a restaurará, para que ela seja digna de ser apresentada a Ele mesmo. Será apresentada como igreja gloriosa, sem mácula e sem rugas.
Muito lindo é saber que Ele fará isso por amor. Por ser o NOIVO APAIXONADO que restaurará para si uma igreja corrompida, para fazê-la justa e APAIXONADA. Ele nos ensina com seus atos, aquilo que também deseja que façamos – Ama incondicionalmente.

Se as nossas vestes estão enrugadas, inapropriadas para as núpcias, o Rei restaurará, se este for também o nosso desejo.

Jesus é o Restaurador da sua noiva. E Ele restabelece a reparação, onde a desordem assumiu o controle. É a santidade restaurada que mantém aberto o canal da comunicação entre nós e Deus.
Ela nos assegura o livre acesso ao Espírito Santo e nos faz justas. Restaurada a igreja é capaz de exibir o amor de Cristo, de uma forma desinteressada, provando para o mundo que é seguidora Dele.
Restaurada, se torna a noiva que espalha o poder de Deus através da ação do Espírito Santo, com maturidade e em unidade com o corpo. Não obstante, a noiva apaixonada é casa de Deus, é sacerdócio eleito que oferece sacrifício aceitável a Deus.
Como Isaías ela pode dizer: ”Eu me regozijo muito no Senhor, a minha alma se alegra no meu Deus. Pois Ele me cobriu com vestes de salvação, e me envolveu com o manto da retidão, como o noivo que se adorna com um turbante, e como a noiva que se enfeita com as suas joias”. (Is 61:10)

Uma vez regeneradas temos a promessa do próprio Deus que nos diz, que aquele segui-lo, quando na regeneração, o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória, também assentaremos para julgar Israel.
Somos convencidos através da Palavra que a noiva pertence ao noivo. Se você fez aliança com o noivo, saiba que Ele mesmo te assegura alegria, porque tem uma aliança de amor com você.
Celebração é para a noiva restaurada e que não desiste, mas segue até o fim.
O convite para as Bodas do Filho de Deus foi enviado, e deve ser aceito por todo aquele que entende que não basta estar no caminho, mas é preciso estar com as vestes limpas e apropriadas.

A igreja deve responder ao grande apelo: “Quer ser perfeito? – vai vende tudo o que tem, vem e segue-me”. Essa noiva ousada o rei não rejeitará, mas dirá: “Vinde bendita do meu Pai, para o reino que para ti foi preparado”.

Que Deus nos abençoe, para que tenhamos desprendimento dos valores temporais, e persigamos o valor que é atemporal, que é a vida eterna!